Dermatologia

A Dermatologia é a especialidade médico-cirúrgica que diagnostica e trata as doenças de pele, cabelo, unhas e mucosas, bem como as doenças de transmissão sexual. Dedica-se, também, à correção dos distúrbios da aparência.

De facto, a pele, sendo o maior órgão do corpo humano, é muitas vezes sede de doença. A exposição da pele às influências do ambiente e a sua importância para a boa aparência e bem-estar obriga a cuidados acrescidos que a Dermatologia pode proporcionar.

Cuidados com a pele

  • Higiene da Pele

    A pele necessita de cuidados de higiene regular, ainda que não seja absolutamente necessário o banho completo diário, em particular nas pessoas de mais idade e de pele mais seca.
    Na lavagem da pele devem ser utilizadas água tépida e os produtos de higiene devem ser suaves com pouco efeito detergente, de forma a não deteriorar a camada córnea mais externa da pele, responsável pelo equilíbrio em termos de hidratação e das outras funções de defesa da pele.
    Os banhos prolongados, com água muito quente e sabões muito activos, em particular em pessoas de mais idade ou nos doentes atópicos com pele seca, podem dissolver a gordura entre as células, ou seja danificar o “cimento” que segura os tijolos e facilitar o desmoronar da “parede”. A pele perde assim a barreira impermeável à água, esta evapora-se para o meio ambiente, em particular se este está muito seco (ambientes com ar condicionado com pouca humidade ou vento seco do Inverno).
    A pele com menos água fica seca e áspera podendo dar comichão e evoluir para eczema.
    Ainda, pequenas efrações causadas na pele por estes banhos agressivos, muitas vezes associados a esfoliação ou uso de esponjas para “alisar” a pele, podem provocar pequenas “fracturas” na camada córnea deixando a pele mais sujeita a agressões do exterior.
    Nas pessoas com pele mais seca, a aplicação de um creme hidratante, logo após o banho, pode aumentar a fixação da água na pele e pode levar-lhe um complemente de gordura que melhora a sua textura.

  • Protecção Solar

    O sol é fonte de energia e de vida e tem efeitos benéficos sobre a saúde, sendo reconhecido o seu papel na síntese da vitamina D, podendo ainda afectar de forma positiva o humor, através de acção anti-depressiva.
    No entanto, as preocupações em relação às consequências negativas da exposição solar surgiram quando o comportamento natural, de procurar a sombra nas horas de maior intensidade da radiação solar, foi substituído pela exposição, deliberada e excessiva, ao sol com o intuito de obter uma tonalidade bronzeada.

    A consequência imediata foi o aumento do número de queimaduras solares mas só alguns anos mais tarde começaram a surgir as principais consequências: envelhecimento prematuro da pele e, sobretudo, o aumento marcado da incidência de vários tipos de cancro da pele.

    Podemos desfrutar do sol, mas se o queremos fazer de uma forma segura, sem colocarmos a nossa saúde em risco, temos que respeitar algumas regras: é importante frisar que a Fotoprotecção não é só sinónimo de uso do protector solar! 

    É fundamental:

    • Usar vestuário adequado: chapéu, óculos de sol, “t-shirt” de malha apertada, calções etc.
    • Evitar a exposição solar directa entre as 12 e as 16 horas. Crianças e pessoas de pele mais clara, idealmente entre as 11 e as 17 horas.
    • A exposição solar deve ser gradual e progressiva; não ter pressa em obter o tom bronzeado e, se tem a pele clara com dificuldade em bronzear – “não force “- pois obter um bronzeado ligeiro à custa de “escaldões” repetidos poderá ter, a prazo, um preço demasiado elevado.
    • Aplicar um protector solar de factor 30 ou superior, quinze a trinta minutos antes da exposição ao sol e repetir a aplicação de 2 em 2 horas ou após banho. A eficácia dos protectores solares está bem demonstrada na prevenção da queimadura, através dos filtros para a radiação ultravioleta B (UVB). Os protectores solares são menos eficientes no bloqueio da radiação UVA, apesar dos avanços recentes. Devem ser utilizados de forma sensata, com o objectivo de reduzir os efeitos negativos da exposição à RUV e não para permitir permanecer mais horas ao sol sem queimar.
    • Não esquecer de proteger os lábios, orelhas e o dorso das mãos, locais onde com frequência surgem lesões pré-malignas e malignas.
    • A maioria dos “acidentes” com o sol ocorre nos dias mais frescos, nublados, pela ideia errada de que, “se não está quente não queima”. O calor deve-se à radiação infravermelha que é filtrada pelas nuvens, mas a queimadura solar deve-se sobretudo à radiação ultravioleta, que é pouco afectada pelas nuvens. O uso de protector solar não pode ser dispensado mesmo com o tempo nublado.
    • Cuidado com o sono! O adormecer ao sol é uma causa frequente de queimaduras, por vezes graves.
    • Atenção aos medicamentos que está a tomar, informe-se com o seu médico, pois alguns medicamentos de uso comum, como antibióticos, anti-hipertensores, anti-inflamatórios, etc., podem ser fotossensibilizantes, podendo desencadear uma reacção de tipo queimadura ou alergia na pele exposta ao sol.

    Pessoas com cabelo e pele claras, olhos de cor clara e/ou com muitos sinais ou sardas, têm menos protecção natural em relação à radiação UV e maior risco de desenvolverem queimadura e/ou cancro da pele. Mas a cor da pele pode enganar e, algumas pessoas de pele relativamente morena, cabelo e olhos castanhos têm dificuldade em bronzear e “queimam” com facilidade, necessitando, também elas, de cuidados redobrados de fotoprotecção.

    As crianças até aos 2 anos não devem ser expostas directamente ao sol – na eventualidade de irem à praia devem usar vestuário adequado que cubra a maior extensão possível de pele, sem esquecer o chapéu de abas largas, e devem brincar resguardadas do sol, por exemplo, por um guarda-sol.

    Mas é fundamental alertar que a radiação ultra violeta (RUV) não vem apenas “de cima”, vem de todos os lados e, mesmo debaixo de um guarda-sol, estamos expostos ao equivalente a 30% da RUV directa. Ou seja, 3 horas à sombra de um guarda-sol, equivale a cerca de 1 hora ao sol.

  • Hábitos diários

    As temperaturas mais quentes exigem hidratação redobrada, por dentro e por fora. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de líquidos no verão e abusar da água e de sumos de frutas. Todos os dias, aplicar um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade adequada de água na pele.

    Alguns alimentos podem ajudar na prevenção aos danos que o sol causa à pele, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, pois contêm carotenóides, substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e em legumes de cor alaranjada ou vermelha.

    No verão estamos mais dispostos a comer de forma mais saudável, ingerindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos; frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidratos. Apostar nesses alimentos ajuda na hidratação do corpo, previne doenças e adia os sinais do envelhecimento.

    No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar secar a pele.

Doenças da pele

A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele. Saiba mais a seguir:

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